Quando alguém que detestamos faz algo que adoramos
(Coisas que eu devia ter sabido melhor)
Ela era (e é) das piores colegas de trabalho que se pode ter. Antipática, fria, indiferente, com uma deficiência grave de glóbulos de espírito de equipa no sangue, com sobretaxa no cérebro de vontade de não fazer nada,,e, ainda por cima, a dever pouco à inteligência.
Ele era (e é) um rapazola chamado Robbie Williams, cujo trabalho eu seguia desde o primeiro album, e que decidiu vir dar um concerto a Lisboa. Os bilhetes esgotaram com meses de antecedência. E eu fiquei de fora.
Um dia, alguém decidiu oferecer dois convites à dita colega. E para espanto de todos, esta decidiu dar-mos a mim.
Podem bem imaginar a minha indecisão...! A hesitação entre ceder ao desejo ou obedecer à honra. Marimbar-me para a honra e ver o que tanto queria. Abdicar do que queria para ficar de pé, sozinha em casa com a minha honra, na noite do concerto.
Mas, como bom ser humano que sou, a satisfação do prazer imediato teve a última palavra. E após vários dias de conflito interno, fechei o caso com “Que venha ao menos uma coisa de bom dela.” e “Talvez ela tenha mudado.”
Foram duas horas de um dos melhores concertos que já vi. No fim da noite dizia-me orgulhosa “Fizeste bem em engolir a tua honra por uma vez, ou não terias vivido o que viveste”.
Erro. Monumental erro.
Já lá vão três anos. As más atitudes, os egoísmos, as arrogâncias, o mau profissinalismo, tudo se foi repetindo diariamente. Mas a cada vez que estou prestes a abrir a minha boca, imediatamente me vem à lembrança aquilo que lhe fiquei a dever. O dia em que ela foi simpática para mim. O dia em que aceitei algo dela, para meu benefício. Foi o dia em que perdi a moral para falar, em que perdi o direito de reclamar. Foi o dia em que ela ganhou poder sobre mim.
Nunca pensei que aquele concerto viesse a custar-me tão caro! Mas está aprendida a lição: nunca aceitar nada bom de gente má.
Ele era (e é) um rapazola chamado Robbie Williams, cujo trabalho eu seguia desde o primeiro album, e que decidiu vir dar um concerto a Lisboa. Os bilhetes esgotaram com meses de antecedência. E eu fiquei de fora.
Um dia, alguém decidiu oferecer dois convites à dita colega. E para espanto de todos, esta decidiu dar-mos a mim.
Podem bem imaginar a minha indecisão...! A hesitação entre ceder ao desejo ou obedecer à honra. Marimbar-me para a honra e ver o que tanto queria. Abdicar do que queria para ficar de pé, sozinha em casa com a minha honra, na noite do concerto.
Mas, como bom ser humano que sou, a satisfação do prazer imediato teve a última palavra. E após vários dias de conflito interno, fechei o caso com “Que venha ao menos uma coisa de bom dela.” e “Talvez ela tenha mudado.”
Foram duas horas de um dos melhores concertos que já vi. No fim da noite dizia-me orgulhosa “Fizeste bem em engolir a tua honra por uma vez, ou não terias vivido o que viveste”.
Erro. Monumental erro.
Já lá vão três anos. As más atitudes, os egoísmos, as arrogâncias, o mau profissinalismo, tudo se foi repetindo diariamente. Mas a cada vez que estou prestes a abrir a minha boca, imediatamente me vem à lembrança aquilo que lhe fiquei a dever. O dia em que ela foi simpática para mim. O dia em que aceitei algo dela, para meu benefício. Foi o dia em que perdi a moral para falar, em que perdi o direito de reclamar. Foi o dia em que ela ganhou poder sobre mim.
Nunca pensei que aquele concerto viesse a custar-me tão caro! Mas está aprendida a lição: nunca aceitar nada bom de gente má.
2 Comments:
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By Anónimo, at 2:34 da manhã
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By Anónimo, at 11:12 da tarde
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