segunda-feira, 10 de julho de 2006

Braços pequeninos

O tempo faz de muitos de nós, se calhar a maioria, brutos, impacientes, intolerantes, frios, distantes e um bocado cínicos. Muito de nós passam anos da sua vida a tentar construir essa muralha, a fortalecê-la e a torná-la impenetrável. Poucos conhecem a entrada secreta. E parece que mesmo essa entrada vai ficando sempre cada vez mais pequena.
Mas há algumas coisas neste mundo que parecem ter super-poderes, passam pela muralha como se ela nem estivesse lá, e nos atingem no âmago. Suponho que para cada um sejam coisas diferentes. Para mim a mais recente foram os braços pequeninos de uma certa menina de ano e meio, que eu tinha acabado de conhecer há três horas. E o abraço e os beijos dados sem pedir. Qualquer que tenha sido a razão, só mesmo uma criança para nos mostrar que há algum bem em nós, e que afinal não somos monstrinhos 24 horas por dia.

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