As lesírias no alcatrão
Hoje de manhã fui apanhada num trânsito em marcha lenta, que de princípio não percebi. Ao fim de uns instantes vi-os. Eram uns vinte. Todos pomposos e empertigados, nas suas fardas impecáveis, atravessando a cidade no alto dos seus viçosos e orgulhosos cavalos. Fiquei a pensar... Não consigo imaginar para onde iriam. Com que missão. Em trote lento, sem olhar em volta, absolutamente deslocados entre os carros e as pressas de chegar ao emprego. Sem objectivo aparente. Para trás a fila de trânsito, sem poder evitar atropelar o rasto de bolas acastanhas meio esborrachadas no asfalto.
Esporadicamente deixam-se ver, mais às suas botas e ao seu porte e ao seu rasto de inequívoco odor. É a Polícia Montada. Só lhes vejo estes desfiles, só lhes vejo estas paradas que vão terminar sabe-se lá onde! Parecem reminiscências de tempos de honra, uma antiguidade fora do lugar. Mas... se não há propósito em estrumar o alcatrão... que utilidade é esta, em cidades como Lisboa?
Esporadicamente deixam-se ver, mais às suas botas e ao seu porte e ao seu rasto de inequívoco odor. É a Polícia Montada. Só lhes vejo estes desfiles, só lhes vejo estas paradas que vão terminar sabe-se lá onde! Parecem reminiscências de tempos de honra, uma antiguidade fora do lugar. Mas... se não há propósito em estrumar o alcatrão... que utilidade é esta, em cidades como Lisboa?
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