Mourinhos i Modéstias
Quando vejo o José Mourinho falar na televisão, lembro-me daquelas pessoas que nos vêm provar o contrário daquilo que aprendemos. Afinal não vale a pena sermos modestos nem humildemente gratos pelo que temos. Sejamos arrogantes e imodestos, porque a sorte e o talento continuarão sempre connosco. Na verdade, a jogada só lhe traz vantagens. Os adversários intimidam-se, por muito que não queiram. E o mundo dá-lhe toda a atenção. E muito dinheiro também.
Mas porque não? Porque não ser imodesto? Porque não afirmar sem falsas modéstias as capacidades que temos a certeza de ter? Não estou a falar do “Sou tão linda. Tenho umas unhas tão bem cuidadas. O meu cabelo é tão brilhante e sedoso”. Estou a falar de talento, de capacidade. Porque é que viver em sociedade nos obriga a disfarçar os talentos, a constrangirmo-nos com os elogios, a fingir que não achamos o nosso trabalho bom assim tão bom? Porque é que não podemos sentar-nos ao almoço e dizer a todos “Hoje tive uma ideia brilhante!” ou “Hoje fiz um excelente trabalho!” ou “Hoje o meu chefe fez-me um grande elogio”? Até pode toda a gente sorrir e dar os parabéns, mas aposto que na maioria das cabeças fica a ecoar uma palavra. “Convencido!”
Os elogios também estão em fase de poupança, quase em perigo de extinção. E depois, quando nos brindam com um, vem o embaraço da satisfação, e lá temos que fazer aquele esforço sobre-humano para não sorrir abertamente. E pronto, em vez de um sorriso, sai aquele tique nervoso a cheirar a presunção.
Na verdade, socialmente, as pessoas que afirmam sem panos quentes as suas virtudes tornam-se intragáveis! Provavelmente as únicas pessoas com quem podemos ser assim são os nossos pais, que adoram o reconhecimento de que geraram seres fantásticos. E eventualmente o parceiro amoroso, que supostamente já acha que faz parelha com um ser maravilhoso. Para todos os outros, pessoas “Mourinhos” são insuportáveis.
Eu também não gosto delas. Mas admita-se. Todos nós nos achamos melhores que os outros em alguma coisa. E que deve ser bom viver sem ter que fingir que não achamos, lá isso deve.
Mas porque não? Porque não ser imodesto? Porque não afirmar sem falsas modéstias as capacidades que temos a certeza de ter? Não estou a falar do “Sou tão linda. Tenho umas unhas tão bem cuidadas. O meu cabelo é tão brilhante e sedoso”. Estou a falar de talento, de capacidade. Porque é que viver em sociedade nos obriga a disfarçar os talentos, a constrangirmo-nos com os elogios, a fingir que não achamos o nosso trabalho bom assim tão bom? Porque é que não podemos sentar-nos ao almoço e dizer a todos “Hoje tive uma ideia brilhante!” ou “Hoje fiz um excelente trabalho!” ou “Hoje o meu chefe fez-me um grande elogio”? Até pode toda a gente sorrir e dar os parabéns, mas aposto que na maioria das cabeças fica a ecoar uma palavra. “Convencido!”
Os elogios também estão em fase de poupança, quase em perigo de extinção. E depois, quando nos brindam com um, vem o embaraço da satisfação, e lá temos que fazer aquele esforço sobre-humano para não sorrir abertamente. E pronto, em vez de um sorriso, sai aquele tique nervoso a cheirar a presunção.
Na verdade, socialmente, as pessoas que afirmam sem panos quentes as suas virtudes tornam-se intragáveis! Provavelmente as únicas pessoas com quem podemos ser assim são os nossos pais, que adoram o reconhecimento de que geraram seres fantásticos. E eventualmente o parceiro amoroso, que supostamente já acha que faz parelha com um ser maravilhoso. Para todos os outros, pessoas “Mourinhos” são insuportáveis.
Eu também não gosto delas. Mas admita-se. Todos nós nos achamos melhores que os outros em alguma coisa. E que deve ser bom viver sem ter que fingir que não achamos, lá isso deve.
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