Irritante à primeira vista
Todos o somos, para alguém. É uma sorte destinada a todos, ninguém escapa. Somos um animal de primeiras impressões, e algumas são demasiado fortes para apagar. Cada um de nós é insuportável para alguém, ou “alguéns”. Fizemos-lhe tocar todas as campainhas, todos os alarmes. É pôr-nos a vista em cima e as setas luminosas rebentam por cima das nossas cabeças. “Aquele não!” Ainda não lhe fizemos nada e pimba, já temos um retrato feito. Às vezes uma caricatura míope. Outras vezes uma terrível representação das nossas trevas. Ou como diz o Rui Veloso, o nosso lado lunar.
Às vezes não é à primeira vista. Mas seja ou não, com o tempo desenvolve-se um gosto por não gostar. Deste ou daquele. E lá servimos de vodu para as frustrações de alguém.
Todos nós somos alvo de comentários sussurrados, de observações depreciativas, de análises cuidadas aos nossos defeitos. Lá no íntimo pensamos que se calhar connosco não é bem assim. Somos sempre a excepção... no País das Maravilhas.
Aqui na Terra é uma característica intrínseca. Precisamos dos nossos vodus, dos nossos exorcismos. E há algures em nós uma zona qualquer que serve para isso mesmo, para os identificar logo ao primeiro contacto.
O meu mais recente entrou-me pela sala a dentro há um mês. Ele sorri-me, conversa, é prestável. E contudo há em tudo isto algo de profundamente irritante. O peso na consciência que me fica não serve para apagar o instinto que me grita tratar-se de uma grande dose de farsa. Sem provas. Sem argumentos. Foi um veredicto feito algures num nível superior ao consciente, longe do terreno racional, e sem o meu controle.
Nunca seremos amigos. O alarme toca sempre ao menor sinal de proximidade. Estranhos, estes caminhos do irracional, estas coisas cá dentro que funcionam sem nós.
Às vezes não é à primeira vista. Mas seja ou não, com o tempo desenvolve-se um gosto por não gostar. Deste ou daquele. E lá servimos de vodu para as frustrações de alguém.
Todos nós somos alvo de comentários sussurrados, de observações depreciativas, de análises cuidadas aos nossos defeitos. Lá no íntimo pensamos que se calhar connosco não é bem assim. Somos sempre a excepção... no País das Maravilhas.
Aqui na Terra é uma característica intrínseca. Precisamos dos nossos vodus, dos nossos exorcismos. E há algures em nós uma zona qualquer que serve para isso mesmo, para os identificar logo ao primeiro contacto.
O meu mais recente entrou-me pela sala a dentro há um mês. Ele sorri-me, conversa, é prestável. E contudo há em tudo isto algo de profundamente irritante. O peso na consciência que me fica não serve para apagar o instinto que me grita tratar-se de uma grande dose de farsa. Sem provas. Sem argumentos. Foi um veredicto feito algures num nível superior ao consciente, longe do terreno racional, e sem o meu controle.
Nunca seremos amigos. O alarme toca sempre ao menor sinal de proximidade. Estranhos, estes caminhos do irracional, estas coisas cá dentro que funcionam sem nós.
1 Comments:
Garanto que alguns exorcismos são muito bens e fazem maravilhas à epele e á nossa sanidade mental! A prática leva á perfeição.
By Firehawk, at 8:31 da tarde
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