quarta-feira, 30 de agosto de 2006

A polivalência da secretária

Estou a falar daquelas mesas onde ouvi dizer que era suposto trabalhar.
Levantei-me da minha secretária e atravessei a sala para ir fazer uma pergunta à colega que se senta a outra, na ponta oposta à minha. Antes de ver, já um cheiro conhecido mas totalmente deslocado me chegava às narinas. A identificação chegou ao mesmo tempo que concretizava a visão. De mão totalmente aberta, com o frasco em cima da dita, da secretária, ela... pintava as unhas. De um vermelho forte, ainda por cima, não fosse o simples acto não chamar suficientemente a atenção. Convém realçar que, além de tudo o resto que nos pode passar pela cabeça ao testemunhar a cena, a sala tem paredes de vidro, pelo que qualquer pessoa que passe no corredor, a veria – provavelmente viu – naquele desplante.
Não sei qual de nós abriu mais a boca, se eu de espanto, se ela de susto. E depois de gaguejar, saiu-lhe, apontando para o computador, a mais bela pérola de sempre:
- Estou à espera que isto ande!!!!!
Sim, pois, ‘tá bem.

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