terça-feira, 20 de julho de 2004

Acidentalmente apaixonada!

Por incrível que pareça, a tal caixa que mudou o mundo, e que passou a ser bem de primeira necessidade em quase todas as casas, já teve os seus dias de glória (para aí no tempo em que os animais falavam), e ouviam-se coisas de facto interessantes, para além dos programas sobre animais e sobre História. Foi nesse tempo antigo que uma vez ouvi dizer algo, que passou a acompanhar-me, e que ainda hoje utilizo e subscrevo: a música é a prova da existência da alma.
De facto. É algo que nasce sem ninguém saber como. Vão perguntar a algum músico se sabe explicar de onde vem, e como surge. Vem de dentro. Compõe-se como surgida de um feitiço qualquer. Ou se nasce com, ou se nasce sem a capacidade de criar música. Umas almas criam-na, a maioria alimenta-se dela. E há música para todos os públicos-alma, felizmente.
Mas o melhor disto tudo é quando, de repente, vinda não se sabe de onde, surge uma música que é simplesmente tudo o que nós esperávamos. Acontece aí de dois em dois anos. É como uma explosão de alegria! Preenche todos os cantinhos da nossa alma, e eleva-a aos píncaros. Ouve-se vezes sem conta, de seguida, de cada vez parece melhor e maior e mais fantástica! Não há opção, temos que a ouvir até a gastar, até começar a perder o efeito e voltar a parecer uma música quase vulgar. E pronto, foi o que me aconteceu ontem. “Accidentally In Love”. Obrigada, Counting Crows!! Há anos que a minha alma esperava por isto!!