segunda-feira, 26 de julho de 2004

Factor 100 vergonha

“Deiam”, “quaisqueres”, “póssamos”, “há-des”... É este o linguajar de uma Monitora, cuja entidade formadora a que pertence define da seguinte forma: “Possui licenciatura ou frequência universitária, recebeu formação pedagógica e foi certificada profissionalmente(...)”. Formadora de um módulo de um curso Profissional, que se paga bem caro. O nível foi reles, desorientado, confuso, ridículo. Treze horas a ouvir “Ah! Esqueci-me de dizer uma coisa.”, “Oh, desculpem, desculpem, não é assim.” ou “Esqueçam, esqueçam isto, assim não dá!” foi um teste à minha resistência. Mas a maior pérola de todas foi “Ora deixa cá ver se eu ainda me lembro disto...” Aí sim, vi-me levantar, agarrá-la pelos colarinhos e gritar-lhe “Oh mulher, ORGANIZE-SE!!!!!”. Pontos do programa ficaram por dar, outros foram mal dados, outros ainda foram dados mas ao não resultarem, pôs-se a culpa na instalação do software. Com a expectativa gorada e a inteligência ultrajada, no final do módulo fiquei... absolutamente na mesma. Apenas um pouco mais consciente ainda de que a maioria dos lugares não é para quem os merece, mas para quem os “herda”. Viva a promoção da incompetência graças a este fantástico protector, utilizado em qualquer altura do ano e ultra-eficaz,
de factor C.