quinta-feira, 3 de junho de 2004


Há coisas que o melhor é convencermo-nos que não nascemos para viver. Não vale a pena viver na sua expectativa, não vale a pena imaginarmos como seriam, não vale a pena sonhá-las. Temos que saber discernir aquilo para que fomos feitos e aquilo que vida provavelmente nunca nos trará. E pôr no lugar dessas coisas, outras diferentes, que talvez possamos de facto vir a experimentar. É uma patetice esperar por aquilo que se desenha tão diferente à nossa frente. O campo das grandes expectativas é um campo minado de desilusões. E o melhor mesmo é não pisar nenhuma.
Se algumas grandes coisas não são para mim, façam-me parar de sonhar, e ponham-me a lutar pelas pequenas.
Ainda assim, tenho uma esperança. De que, se não sonhasse com as grandes, talvez as pequenas não acontecessem.

1 Comments:

  • Isto que falaste é ao mesmo tempo tranquilizador e desesperador, por que nos tira o trabalho de lutarmos muito para realizarmos grandes sonhos; mas também nos tira a esperança de ver esses sonhos realizados. Como saber se algo é grande ou pequeno para ser sonhado? se é pequeno, não é nem preciso sonhar, é só realizar direto. Como fazes para saber o que é grande ou pequeno para ti? Abraço do Wilson (luadoslobos@yahoo.com.br)

    By Anonymous Anónimo, at 11:19 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home