terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fazer a diferença

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Metro sobre rodas

Agora que normalmente me desloco com rodinhas em anexo (entenda-se: carrinho de bebé), todas as movimentações "não-carro" começaram a tornar-se um desafio que até aqui eu ignorava.
Há dias tive a feliz ideia te ir até ao El Corte Ingles, de Metro, pois claro, que continuo a achar uma loucura enfiar-me num carro para ir para o centro de Lisboa, principalmente havendo transportes públicos.
Questionei-me logo à partida sobre a acessibilidade do Metro, mas pensei cá para mim: "Estações recentes, modernas, têm que ter elevador. E com tanto movimento, com certeza há-de haver pelo menos um em funcionamento em cada estação."
Obviamente, esqueci-me que estamos em Portugal e portanto foi com isto que mais me deparei em Estações bem centrais e utilizadas como a Baixa Chiado cujo único elevador para a plataforma lá estava parado, de portas abertas, ou a Alameda, em que os dois elevadores estavam fora de serviço (fotos abaixo):



Não havendo elevadores na Alameda, foi com esta subida (na ida) e descida (no regresso) que me deparei.



Felizmente não estava sozinha e toca de acartar com o carrinho + bebé pelas escadas acima e escadas abaixo, em várias estações. Pelo caminho lá nos cruzámos com alguns outros desgraçados que também acharam que era boa ideia andar no metro, sobre rodas.
Questiono-me até agora o que fará uma pessoa sozinha com um bebé. Ou pior, e alguém de cadeira de rodas? Porque chegados à estação, não há forma de prosseguir caminho nem de voltar para trás. Haverá algures pelas plataformas uma sala de espera onde os deslocados sobre rodas podem acampar durante dias, à espera do arranjo dos elevadores? Ou quem sabe o Metro tenha contratado uns senhores muito muito grandes e fortes, para carregar com as pessoas escadas acima? A mim dava-me jeito um desses senhores para ir às compras...! E claramente para andar no Metro de Lisboa.
Com esta experiência, agora hesito voltar à baixa de Lisboa de Metro, porque se for sozinha, corro o risto de o meu marido chegar a casa e ficar uns dias à espera de mim e da filha.
Definitivamente, o Metro de Lisboa não anda sobre rodas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Grande amiga...!

Há já muitos meses eu via na televisão anunciar o produto maravilha. O Air-O-Dry. Máquina fabulosa, que alegadamente seca a roupa em minutos e - melhor ainda - a passa a ferro!



Parte do texto publicitário descreve o sonho de qualquer dona-de-casa:
"O Air-O-Dry é perfeito para quem não tem tempo e para todas as emergências. Agora você tem uma caixa onde pendurar a sua roupa molhada para a secar em minutos. E melhor! Nem tem de engomar! As suas roupas saem da nossa máquina na perfeição, sem rugas! Prontas a vestir!"

Qual não é o meu espanto quando vejo entrar pela minha casa dentro, pela mão de um familiar muito bem intencionado, a miraculosa máquina, a minha nova melhor amiga doméstica!
Podem bem imaginar a minha expectativa ao utilizar o Air-O-Dry pela primeira vez. Roupa toda molhada, toda dentro da maquineta e toca a funcionar. Bom, os "minutos" alegados são na verdade muitos minutos. Algumas horas, para ser mais precisa. Mas pensei cá para mim: "Se a roupa sai engomada, vale bem a pena."
Quando finalmente a máquineta acaba de trabalhar, abro-a expectante...! E...



"Secar em minutos"? Uns 120 pelo menos.
"Roupas na perfeição, sem rugas! Prontas a vestir!"? Se não nos importarmos de ir para a rua com aspecto de quem andou a brincar numa betoneira. Ou de quem andou metido na máquina de lavar...

A verdade, caras donas-de-casa, é que amigas destas é só garganta. Retornei assim humilde e conformada à minha amiga doméstica para a vida. A tábua de passar a ferro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A mente humana

Por todo o lado e todo o instante a mente humana não cessa de me surpreender.
Eis-me um destes dias descendo as escadas do edifício onde trabalho, deparo-me nada mais nada menos do que com esta magnífica obra de arte:



Para quem não percebe ou esteja incrédulo, sim, são de facto pastilhas elásticas. Meticulosamente coladas na parede. Sim, alguém, dia após dia - ou quem sabe lhe tenha demorado semanas, meses! - foi colando cada uma das pastilhas de que usufruiu, uma a uma, lado a lado, numa parede por onde passam dezenas e dezenas de pessoas diariamente. Uma verdadeira obra de arte, pensada, planeada, por alguém generoso ao ponto de a colocar onde todos podemos apreciá-la.
E realmente, ainda dizem que este povo não é produtivo. Produção de idiotice em estado puro, isso não nos falta.