sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Onde páram as modas??

Pois é, não sei se é a moda que às vezes não sabe onde parar, se são as pessoas que não sabem parar no seu cego seguimento da moda. Estas são as que não percebo, nunca percebi e nunca vou perceber:

1. Da avó ou da bruxa?


Faz-me lembrar as botas da avózinha dos contos antigos. Ou de uma bruxa qualquer representada nos anos 30. Onde raio é que isto fica bem? A quem? Com que peça de roupa? Ainda pensei que com o tempo, acabasse por lhes ganhar gosto. Não vai acontecer.


2. Calças? Onde?


É verdade, há peças (a grande maioria) que só favorecem as magras. Mas estas calças não vejo favorecer ninguém. Só me faz lembrar as supé-tias da Sic Mulher e as suas make-overs, mas nem a nenhuma delas favorece. É um mix qualquer entre cossaco e árabe. Ideia promissora à partida, talvez, mas com um resultado...

3. As coisas que não se deviam ver (parte 1)

Esta até a modelo Tyra Banks diz. A tanga não é mesmo para aparecer por baixo das calças. Até pode agradar aos rapazinhos adolescentes e as suas hormonas aos saltos, mas é das ideias de "moda" mais absurdas que já vi, e garantem os especialistas que não dá a nenhuma mulher uma imagem que ela queira manter... Xunga, xunga...

4. As coisas que não se deviam ver (parte 2)

De todas, esta é aquela que menos entendo. Aquela que prova que, pela "moda", há mulheres que fazem tudo, inclusivé adulterar a sua própria imagem, optando por parecerem gordas e mal feitas (mesmo que não o sejam) ou passarem um frio de rachar, só porque é "o que se usa". Mulheres que já foram mães, usam as famigeradas calças de gancho baixo, magnificamente combinadas com os tops curtos, talvez com a ilusão de assim parecerem mais jovens, mais como as filhas. Todos sabemos que conseguem exactamente o resultado contrário... E magras ou menos magras, todas se subjugam aos ditos desta moda (que veio sabe-se lá de onde), mesmo nos dias mais gélidos e chuvosos. Para conseguir... não sei bem o quê.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A água com gás

Mudar é algo que a maior parte das pessoas diz não ser inerente ao ser humano. Que podemos até fingir durante algum tempo, adaptarmo-nos por uns períodos a determinada circunstância. Mas que no âmago na verdade nunca mudamos.
Eis que a velha água com gás veio provar-me o contrário. Até há pouco tempo, não percebia o interesse naquela a que chamam água das pedras. Sabia-me a qualquer coisa amarga e desagradável, e só a tomava como remédio, das felizmente poucas vezes em que o estômago esteve ressentido. E dificilmente chegava ao fim de uma mísera garrafa. Subitamente - já nem me lembro em que ocasião se deu a incrível mudança - sou viciada em água com gás. Quase não passam dois dias sem beber uma. E não tem nada a ver com a recente moda de águas com gás de todos os sabores. Até porque isso é só uma maneira diferente de trazer à vida os sumos gaseificados. O que me sabe pela vida é aquela garrafinha pura de água sem qualquer sabor adicional, cheia de bolhinhas. A simples água com gás. Há alturas em que sinto mesmo aquela necessidade de ir beber uma, e não há mais nada que a consiga substituir. Nem mesmo a Coca Cola, de que sempre fui tão fã.
Pois só pode ser da idade. Conheço mais gente que sofreu esta guinada súbita, do desdém à avidez pela bebida. Talvez seja a entrada nos 30? Não vejo qualquer relação. Mas é assim que esta casa passou a ter sempre um stock delas. Das maravilhosas garrafinhas de água com gás. Até a água simples parece já não ter o mesmo encanto, ou o mesmo potencial para saciar.
Mas a idade tem destas coisas. O que antes detestávamos, de repente adoramos. Como tomate, no meu caso, ou as folhas mais claras da alface. Se pensar bem, quantas águas com gás cada um de nós não tem nas nossas vidas? É como o anúncio. Sempre dissémos que não íamos querer ter filhos, ou que nunca íamos querer um trabalho tranquilo, ou uma casa no campo, ou ansiar por uma bela noite passada no conforto do sofá. É bom perceber que afinal não estamos parados, que mudamos e nem sempre é por obrigação. Às vezes acontece espontaneamente. O que parece desagradável em determinados anos, passa a saber maravilhosamente mais tarde. E o que parecia tão fixe passa às vezes a parecer tão fútil e desnecessário.
Brindemos pois à mudança espontanea! Com água com gás.